sábado, 30 de maio de 2009

Variantes linguísticas - desfazendo equívocos

- Abertura:
Apresentação do vídeo da Companhia de teatro Os melhores do Mundo- "O Assalto"

- Texto "Compreender, eis a questao" de Roberta Bencine (Nova Escola/Março 2006)
. Leitura e discussao sobre o texto
. Em que aspectos a escola tem falhado?
. o que fazer para reverter essa situação?

- Realização da oficina (Tp1-pag.169) em dois grupos de cursistas.
. Apresentacão da oficina
. Avaliação da oficina > você trabalharia essa crônica com seus alunos?

- Abordagens TP1:
. Variantes linguísticas - desfazendo equívocos
. Ninguém deve ser discriminado por apresentar um comportamento linguístico diferente do outro.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

As inter-relacoes entre língua e cultura

-Abertura:
Leitura do conto de Mário de Andrade "Peru de Natal"
. Que relação há entre o conto e o ensino da Língua Portuguesa?
. A que tipo de professor podemos comparar o pai do narrador?
. Poderiamos tomá-lo como uma metáfora do ensino da Lingua Portuguesa pautado apenas em normas e regras gramaticais?

Abordagens Tp1:
- Os dialetos de Português
- As variantes comuns a um grupo - chamadas dialetos
- As variantes do uso de cada sujeito - chamadas registros
- As inter-relacoes entre língua e cultura
. A lingua reflete o mundo e sobre o mundo
. A lingua expressa a cultura dos sujeitos e dos grupos
. A lingua apresenta variacões no tempo e no espaço

- Leitura do texto "O caipira vai ao mar" (contribuição da cursista Juliana Paula)

- Orientação para o avancando na prática (pag.30)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Norma Culta e Língua Padrão - Maria T. Piacentine

Norma culta e língua-padrão
M. T. Piacentini

Para os lingüistas, a língua-padrão se estriba nas normas e convenções agregadas num corpo chamado de gramática tradicional e que tem a veleidade de servir de modelo de correção para toda e qualquer forma de expressão lingüística. Querer que todos falem e escrevam da mesma forma e de acordo com padrões gramaticais rígidos é esquecer-se que não pode haver homogeneidade quando o mundo real apresenta uma heterogeneidade de comportamentos lingüísticos, todos igualmente corretos [não se pode associar “correto” somente a culto].
Em suma: há uma realidade heterogênea que, por abrigar diferenças de uso que refletem a dinâmica social, exclui a possibilidade de imposição ou adoção como única de uma língua-modelo baseada na gramática tradicional, a qual, por sua vez, está ancorada nos grandes escritores da língua, sobretudo os clássicos , sendo pois conservadora. E justamente por se valer de escritores é que as prescrições gramaticais se impõem mais na escrita do que na fala.
“ A cultura escrita, associada ao poder social , desencadeou também, ao longo da história, um processo fortemente unificador (que vai alcançar basicamente as atividades verbais escritas), que visou e visa uma relativa estabilização lingüística, buscando neutralizar a variação e controlar a mudança. Ao resultado desse processo, a esta norma estabilizada, costumamos dar o nome de norma-padrão ou língua-padrão ” (Faraco, Carlos Alberto, “Norma-padrão brasileira”. In Bagno, M. (org.). Lingüística da norma . SP: Loyola, 2002, p.40).
Aryon Rodrigues (in Bagno 2002, p.13) entra na discussão: “ Freqüentemente o padrão ideal é uma regra de comportamento para a qual tendem os membros da sociedade, mas que nem todos cumprem, ou não cumprem integralmente ”. Mais adiante, ao se referir à escola, ele professa que nem mesmo os professores de Língua Portuguesa escapam a esse destino: “ Comumente, entretanto, o mesmo professor que ensina essa gramática não consegue observá-la em sua própria fala nem mesmo na comunicação dentro de seu grupo profissional ” (p. 18).
Vamos ilustrar os argumentos acima expostos. Não há brasileiro – nem mesmo professores de português – que não fale assim:
- Me conta como foi o fim de semana...
- Te enganaram, com certeza!
- Me explica uma coisa: você largou o emprego ou foi mandado embora?
Ou mesmo assim:
- Tive que levar os gatos, pois encontrei eles bem machucados.
- Conheço ela há muito tempo – é ótima menina.
- Acho que já lhe conheço, rapaz.
Então, se os falantes cultos, aquelas pessoas que têm acesso às regras padronizadas, incutidas no processo de escolarização, se exprimem desse modo, essa é a norma culta . Já as formas propugnadas pela gramática tradicional e que provavelmente só se encontrariam na escrita [ conta-me como foi / enganaram-te / explica-me uma coisa / pois os encontrei / conheço-a há tempos / acho que já o conheço ] configuram a norma-padrão ou língua-padrão .
Se para os cientistas da língua, portanto, existe uma polarização entre a norma-padrão (também denominada “norma canônica” por alguns lingüistas) e o conjunto das variedades existentes no Brasil, aí incluída a norma culta , no senso comum não se faz distinção entre padrão e culta. Para os leigos, a população em geral, toda forma elevada de linguagem, que se aproxime dos padrões de prestígio social, configura a norma culta.
Fica evidente que as pessoas transitam pela norma culta e norma-padrão sem fazer distinção entre as duas, pois é realmente tênue a linha demarcatória entre elas.

Sobre a autora:
Maria Tereza de Queiroz Piacentini é catarinense, professora de Inglês e Português, revisora de textos e redatora de correspondência oficial há mais de vinte anos. Em 1989 foi responsável pela revisão gramatical da Constituição do Estado de Santa Catarina e no ano seguinte publicou artigos sobre questões vernáculas em diversos jornais. Retoma agora a publicação de colunas semanais com temas atualizados, em vista da experiência adquirida e das inúmeras consultas que lhe têm feito pessoas de todo o país.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

1º Encontro - Variantes Linguísticas

- Abertura:
. Dinâmica de apresentação dos cursistas
. Mensagem "Preciso de matéria prima para construir um país" no data-show
Reflexões e comentários

- Organização da Proposta Pedagógica e do Currículo de Língua Portuguesa no Gestar II
- Lanche

- Abordagens Tp1:
- Estudo da unidade "Variantes Linguísticas- dialetos e registros" tendo como base o texto "Retrato de velho" de Carlos Drummond de Andrade.

- Orientação para o avançando na prática em sala de aula (construção do dicionário dos jovens.